O Atlantis partiu nesta sexta-feira para uma viagem de 13 dias, que marca o fim da era dos ônibus espaciais da Nasa
Foto: Nasa/Divulgação
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Esta sexta-feira marcou o fim de uma era da conquista espacial. Após 30 anos, a Nasa lançou pela última vez um ônibus espacial, o Atlantis. O alto custo das missões - avaliadas em US$ 450 milhões cada - e o risco de acidentes - nesse período 14 astronautas morreram com as tragédias envolvendo o Challenger e o Columbia - são apontados como principais fatores para a "aposentadoria" dos ônibus espaciais. Mas afinal, por que os veículos usados pela agência espacial americana receberam o nome de "ônibus"? Qual diferença entre os ônibus espaciais, as naves e os foguetes?
Segundo a Dra Thais Russomano, professora da PUCRS e Coordenadora do Centro de Microgravidade da universidade, o ônibus espacial é um tipo de nave. "O ônibus espacial ou 'space shuttle' foi assim batizado por ter a capacidade de ir e voltar do espaco cósmico, podendo ser reutilizado", afirma a especialista.
O primeiro voo foi realizado em 1981 pelo ônibus espacial Columbia. Segundo Russomano, a Nasa inovou ao desenvolver naves reutilizáveis. "As espaçonaves, como, por exemplo, do programa Apollo, que levou o homem à Lua, só podiam ser utilizadas em uma missão espacial, sendo, automaticamente aposentadas, no retorno à Terra. Muitas acabavam em museus ou em exposições em centros espaciais abertos a visitação pública. O ir e vir das 'shuttles', com a possibilidade de reaproveitamento, acabou conferindo o nome de 'ônibus", numa analogia ao ônibus comum das cidades".
A professora explica ainda que a diferença em relação aos foguetes é que estes são "as estruturas desenvolvidas para colocar o ônibus espacial, ou sondas espaciais, ou satélites espaciais em órbita". Russomano afirma que, nos foguetes estão os combustíveis que serão utilizados para a propulsão necessária para levar algo ao espaço. No caso dos ônibus espaciais, são utilizados dois foguetes auxiliares.
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